06-09-2010 15:49

Ministro garante 2.000 vagas para o INSS

Até o fim deste ano, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deverá promover um novo concurso público, destinado ao preenchimento de 2 mil vagas para área de atendimento da autarquia, que abrange os cargos de técnico e analista do seguro social, segundo o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, na última segunda-feira, dia 23.

"Fizemos um planejamento de concursos em 2005, que prevíamos 8 mil vagas. Mas não conseguimos cumpri-lo. Houve uma restrição orçamentária, muitos cortes foram feitos e isso reduziu a arrecadação e tivemos que pôr o pé no freio em relação às contratações, mas elas ainda continuam sendo necessárias. Eu ainda quero este ano aprovar pelo menos 2 mil vagas de analista e técnico do seguro social", afirmou, acrescentando que as negociações com o Ministério do Planejamento (MPOG) estão em curso.

O cargo de técnico requer o nível médio (antigo 2º grau) e proporciona vencimentos iniciais de R$2.980 (incluindo R$304 auxílio-alimentação), que somados à Gratificação de Desempenho (GD) podem chegar a R$3.280. Já a função de analista exige nível superior (diversas áreas), com rendimentos iniciais de R$4.917, já incluso o auxílio-alimentação (R$304). Com a gratificação, a remuneração chega a R$5.580.

Segundo o ministro, a realização do concurso é urgente, haja vista o grande número de aposentadorias previstas, a carência de pessoal e a necessidade de adequação da estrutura do INSS à implantação do Plano de Expansão da Rede de Atendimento (Pex), que prevê a criação de 720 novas agências e recuperação de outras 521 unidades.

"Nós vamos trabalhar para podermos publicar o edital ainda este ano, porque há uma previsão de aposentadorias e não podemos parar o atendimento. Então é preciso repor os servidores e, além disso, há o plano de expansão das unidades, que prevê mais 720 agências. Nós devemos inaugurar mais de trezentas unidades este ano. Eu não posso inaugurar agências sem ter servidores", frisou o ministro, que está à frente da Previdência Social desde 30 de março deste ano.

Gabas explicou que a carência de pessoal existe em todo o país. "Nós precisamos de vagas em todos os estados. É óbvio que a concentração maior das vagas ficará em São Paulo e nos estados do Nordeste, onde haverá uma ampliação maior do número de agências", salientou, sinalizando que todos os estados deverão ser contemplados com vagas. O último concurso para a área de atendimento do INSS ocorreu em 2008 e teve oferta de 2 mil vagas, sendo 1.400 para técnico e 600 analista. A avaliação constou em 130 questões objetivas, sendo 30 de Conhecimentos Básicos, 30 de Complementares e 70 de Específicos, exceto para analista na especialidade de Direito, que responderam a 70 perguntas de Conhecimentos Básicos e 80 de Específicos.

Ao todo, foram convocados 3 mil profissionais, sendo 2 mil referentes às vagas inicialmente oferecidas e outras mil (700 técnicos e 300 analistas) durante a validade do concurso, que foi de um ano, prorrogável por igual período ( que encerrou-se no último dia 23 de abril). Diretor do Sindsprev comemora iniciativa, mas alega que oferta não será suficiente

O diretor do Sindicato dos Servidores em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ), Manoel Crispim, comentou sobre a entrevista concedida à FOLHA DIRIGIDA pelo ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, na última segunda, dia 23. Na ocasião, Gabas informou que, até o fim deste ano, pretende realizar concurso com oferta de 2 mil vagas para a área de atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que abrange os cargos de técnico e analista do seguro social. "Esta é uma ótima iniciativa do ministro, que vem ao encontro das propostas do Sindsprev, que faz parte da nossa pauta de reivindicações e, acima de tudo, é essencial para a autarquia. Ele já havia sinalizado essa proposta", explicou o sindicalista.

O diretor Crispim reconheceu a importância da realização do concurso público, mas lamentou a quantidade de vagas que o INSS pretende oferecer, que, segundo ele, é exígua. "Além do déficit de pessoal, hoje, temos 7 mil profissionais que estão em vias de aposentadorias. Para o próximo ano, teremos quase 20 mil servidores na mesma situação. Por isso, 2 mil vagas, em nível nacional, são insuficientes", frisou.

Segundo ele, o INSS necessita de, pelo menos, 12 mil servidores, em virtude da carência de pessoal e do grande numero de aposentadorias previstas. "Necessitamos de um número maior de profissionais, 2 mil vagas não atenderão à demanda. Para ter uma ideia, no Rio de Janeiro, mais de 2 mil profissionais poderão se aposentar em breve", disse o sindicalista, acrescentando que o Plano de Expansão da Rede de Atendimento (Pex) demandará ainda mais servidores.

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